terça-feira, 5 de junho de 2012
sábado, 3 de março de 2012
Que Lugar é este mesmo?
Valiosa tem sido a leitura da Bíblia sempre, através dos anos, meses, semanas e dias de minha vida. Costumo fazer de maneiras diferentes sempre. Este ano além de fazer meu devocional, também com o calendário anual, sendo a leitura do velho testamento concomitante com a do novo. E confesso, no momento mais do velho para sair do período mosaico e adentrar logo na diáspora, por preferência pessoal.
Mas não tenho a mesma pressa no novo testamento, e gosto de saborear os evangelhos.
É difícil manter a disciplina, pois invariavelmente me surpreendo relendo o texto do dia anterior, pois vou prestando mais atenção a detalhes e corro sempre o risco de atrasar meu plano de ação.
Seguindo os passos do Mestre, incomparável sempre, vou procurando compreender mais sua maneira de pensar e viver.
Encantanda...aperto os olhos mesmo cansados e vou em frente com a leitura que a todo instante, revela detalhes . Enquanto lutamos sempre de maneira teimosa a adentrar no deserto, assim como fez o povo de Israel, vejo Jesus sendo levado pelo Espírito para o deserto.
Não vejo medo, objeção ou indagações de porquês e hesitação em sua ação, simplesmente aceita ser levado:
“Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do rio Jordão e foi levado pelo Espírito ao deserto. Ali ele foi tentado pelo Diabo durante quarenta dias. Nesse tempo todo Ele não comeu nada e depois sentiu fome.” Lc 4:1 a 3.
Invariavelmente depois de sermos abastecidos espiritualmente como estava Jesus, cheio do Espírito, somos levados a determinadas situações que podem ser comparadas a aridez do deserto. O modo como agimos neste período são determinantes para as escolhas que faremos a partir de então. Decisões, relacionamento, atitudes que nortearão nosso caminho e traçarão nossa rota; haverá o antes e o depois, colheremos as consequências destas escolhas que desencadearão acontecimentos relevantes. Jesus sabia disto e muito bem.
Sempre tentamos abortar esta ideia, mas não podemos impedir o Espírito de nos conduzir ao deserto, assim como o próprio Jesus não pode. Jesus não disse ao Pai, não preciso ir ao deserto, por ser simplesmente Jesus o Cristo; antes levado sem medo, objeções, indagações e hesitação!Bem parecido conosco não é mesmo? Nem em nosso maior sonho!
Evidente que nos parecemos mais com aquele povo no deserto, sendo apenas sinceros, é ou não é?
Mas não quero aprender assim! Quero aprender com o exemplo do meu Mestre, seguindo as suas marcas, vejo claramente que diante deste momento, Ele entrou Jesus carpinteiro no deserto, o que aceitou voluntariamente ser o Messias e saiu dali sendo nosso redentor, sendo o Cristo, o salvador que venceu o mundo!
Foi determinante! Ele em plena consciência de que este momento mudaria completamente a história não apenas de sua vida,transforma a aridez do deserto em oásis no preâmbulo que seria sua maior batalha com o Diabo que culminou no calvário.
Não foi nada fácil! Mas Ele transformou a dificuldade na oportunidade de triunfar diante dos medos, das tentações, da mentira, dor,calor agonizante, do poder de barganha, da fome, frio,solidão, da noite escura, do dia causticante, da angústia,da traição dos nossos sentidos, da contrariedade dos pensamentos e venceu a natureza humana que todos possuímos.
Impossível não perceber o valor deste momento! Temos que parar tudo e prestar atenção nos detalhes, não apenas correr os olhos, mas nos identificar com este momento e permitindo germinar em nós a semente lançada no deserto e florescer a importância do confronto no deserto para produzirmos os frutos que Jesus ali plantou.
Temos pressa...ansiedade de tanta coisa que nos impede de avançar no período de nossa aridez. Queremos sair a todo custo do momento e acabamos encerrados nele sem bússola e muitas vezes, condenados a morrer no deserto que é necessário e indispensável para gerar vida!
A semente para germinar tem que morrer.
Oásis só existe no deserto.
Quando Jesus saiu daquele deserto, saiu vencedor sobre o diabo, o pecado, a morte, a cruz, o inferno e determinando a salvação para todos nós!
terça-feira, 10 de janeiro de 2012
Transbordante
Observando o Mestre de longe, imediatamente desejamos nos aproximar. Apertamos o passo para que isto se torne possível, mas apenas chegar perto não basta. Queremos mais do que observar, necessitamos mais do que proximidade, queremos atrair sua atenção.
Somos carentes de suas palavras, olhar, toque. Ele é transbordante!
Paz, serenidade, alegria, vida fluem naturalmente Dele para nós...como uma fonte que vai regando a terra seca e devolvendo vida por onde seus veios d’água vão passando, permeando, fazendo nascer tudo que está não apenas no seu curso, mas estende-se, vai expandido e tudo ao redor é transformado!
Jesus é realmente transbordante!
Tudo que toca ganha vida, suas palavras tem ação imediata e seu olhar equilibra as emoções em nós...mas por quê?
Vivemos pouco sobre a terra e desperdiçamos nosso tempo nos relacionando com nossos problemas, dando-lhes volumes e proporções monstruosos, isto mesmo, alimentamos o monstro, vivemos do “se isto e se aquilo” nos lamentamos de tudo e todos, choramos pelo que vale a pena e pelo que não tem de fato valor algum. Deixamos nossas emoções nos pregar peças e exercer domínio sobre nós e muitas, não poucas vezes somos por elas engessados, mutilados, culpamos quem está ao nosso redor, pois temos que achar um culpado, não é mesmo? Assumir erros, olhar no espelho é desesperador, pois vemos encarcerados nele o que somos e isto não é nada bom...nada bom mesmo!
Nos relacionamento tempo demais com problemas e circunstâncias e ficamos paralisados! Há muito perdemos o foco, pois deixamos de nos relacionar com Ele e passamos a nos relacionar intensamente com nossos problemas, medos, limitações e deformidades.
Transbordante...
Se deixarmos de observá-lo e ousarmos caminhar com o Mestre, veremos que há algo mais. Serenidade, firmeza em suas ações e emoções deve-se ao fato de priorizar relacionar-se com o Pai e serem apenas um. Em todo momento Jesus transborda este relacionamento, verdadeiro, genuíno e valioso!
Não esconde e nem ruboriza quando descobrimos seu segredo...ao contrário, sorri satisfeito. Graciosamente nos incentiva a fazer o mesmo o tempo todo, compartilha com todos, sua intimidade com o Pai e nos revela a fórmula da verdadeira felicidade...
É verdade que ficamos constrangidos e desconfortáveis quando vemos que perdemos tanto tempo e nos afligimos tanto com obstáculos que criamos. Muitas vezes voltamos ao ponto de partida por insistirmos em olhar pelo retrovisor de nossa história e não nos perdoarmos por tamanha falta de sensibilidade...e novamente nos fechamos.
Não voltaremos ao ponto de partida!
Nunca mais é bastante tempo...nunca mais é o tempo suficiente!
Prosseguiremos agora vivendo esta maravilhosa descoberta...relacionando-nos com a pessoa certa...posso ser fonte também se estiver Nele como Ele e o Pai são um!
Transbordante!
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